quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

A Razão da Maioria

Espinhos de Vento


Você olha para o seu prato e vê um pedaço de costela, mas não se dá conta de que é o pedaço de um corpo o que está a sua frente e que alguém morreu para que você comesse sua carne. Você vai se ofender com o que vou dizer, mas você é um ignorante.
Claro que, sob algum aspecto todos somos ignorantes, mas o gênero onde reside sua ignorância é dos mais egocêntricos, insensíveis e assassinos.
Somente sob uma ótica perversa seríamos capazes de ignorar o sofrimento de um ser para saciarmo-nos com sua exploração, quando não com sua morte.

O humano difere dos outros animais justamente por sua inteligência, somos capazes, portanto, como nenhum outro ser, de identificar e ter consciência do sofrimento a que infligimos e quando infligimos, ainda que de forma indireta sem nossa intervenção pessoal mas sob nossa requisição, como acontece quando compramos produtos de origem animal.
Logo, ao invés de utilizar esta inteligência para buscar outras formas de saciar suas necessidades, você a usa para criar desculpas para seguir com esse ato sem sentido: Alega que os animais foram criados para isso, que são mortos de uma forma humana (existe isso?) que se não fossem explorados estariam extintos ou seriam comidos por leões... Vamos falar honestamente, se isso fosse realmente importante para você, estaria ainda assim comendo os animais?
Poucas pessoas exercem seu melhor atributo na hora de comer. Comem como se não tivessem a capacidade de pensar, o fazem por costume, tradição ou simplesmente porque lhe servem ao prato, sem perceber que não está comendo carne de gado ou carne de granja... é a carne de um indivíduo que, contra sua vontade, foi morto para servir de alimento. E você sabe que esse animal sente dor, medo e que sua vontade seria viver uma vida boa, longe dos matadouros e campos de exploração animal.
Mas ainda assim você tem vários outros argumentos para seguir comendo carne.

Parabéns! Você está com a maioria.

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