segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Indústria Carnicínica

Não são raras as vezes em que me apresentam este argumento em defesa ao consumo de carne e manutenção da indústria carnicínica:
- Muitas raças estariam extintas se não fossem exploradas para o consumo de carne, então, comer carne também é salvar animais.

Pois sim...
Vejamos, este é um equívoco clássico de argumentação, quando se faz uso de uma verdade para convencer-se de uma mentira.
O grande erro, acima de tudo, é ver os animais como uma entidade esquecendo que também, assim como você e eu, são indivíduos, dessa forma, matar a um animal para que se possa seguir matando a toda sua linhagem de forma infinita não é propriamente um gênero de salvação.

De fato, a Indústria carnicínica é responsável por evitar a extinção de algumas espécies, como foi o caso da raça suína Mangálica que estava praticamente extinta na Hungria e foi “recuperada” por uma empresa espanhola por possuir um interesse na produção de jamón (pernas de porco), muito apreciado no sul da Europa.
Hoje existem milhares, talvez milhões desses porcos sendo explorados em galpões da Hungria e Espanha.

É este tipo de preservação que buscamos para os animais?
Cada porquinho que nasce é castrado, tem suas orelhas e rabo mutilados, lhe cortam os dentes e lhe queimam a pele, isso logo que começa a viver, depois vai passar alguns meses sob intensa tortura, recebendo alimentação repleta de hormônios e drogas, até que o matem. Mas estará livre da extinção…

A Indústria carnicínica tenta convencer você de que possui um papel de protetora dos animais, que os ama e que cada animal é feliz em morrer e, dessa forma, dar sentido a sua vida. Você precisa começar a pensar antes de comer.
Cada pedaço de carne em seu prato vem de um indivíduo, não de uma entidade. Foi arrancado de um ser senciente, que sentiu medo e dor a vida toda e possivelmente jamais viu a luz do Sol ou encostou as patas sobre grama.
Os donos da Industria carnicínica sabem disso e por isso tentam confundir você e lhe convencer de que são heróis, quando não são menos que assassinos.

Mas o cinismo se combate com a razão, e para tanto basta pensar antes de comer.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Igualdad Animal en Diario-d de Telecinco


El próximo Martes 20 de Enero a las 12.30 horas de la madrugada, el programa incluirá un reportaje sobre Igualdad Animal y dos de sus acciones más impactantes del año 2008; el salto al ruedo y el descuelgue de una pancarta de la plaza de toros "La misericordia" de Zaragoza realizado el pasado 19 de Octubre:

http://www.igualdadanimal.org/noticias/igualdad-animal-salta-al-ruedo-y-se-descuelga-de-la-plaza-de-toros-de-zaragoza

y el rescate de 10 gallinas rpresentado con motivo del Día Internacional de los Derechos Animales:

http://www.rescateabierto.org/igualdad-animal-rescata-a-diez-gallinas

El programa que tratará sobre desobediencia civil y acción directa no violenta será presentado por por Merecedes Mila.Durante varios días, reporteros del programa nos acompañaron en la preparación previa, durante y después de las dos acciones pudiendo presenciar de primera mano la organización y de la mismas. Durante la preparación del reportaje nuestros activistas se infiltraron en la plaza de toros con cámara oculta, mostraron delante de las cámaras todo el material y la preparación necesaria para realizar descuelgues, saltos al ruedo y rescates, realizando además varias entrevistas a camara durante las acciones.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Salve Uma Vida Matando Outra


Não posso ver isso como algo correto. Por mais que esteja chocado com a situação de pessoas que morrem de fome pelo mundo todo, não estarei jamais de acordo com a idéia de matar a um ser para salvar outro.
Não é uma questão de mensurar quem é mais importante, é apenas inaceitável.
A ONG Intermón Oxfam está com uma campanha que se chama “Algo mais que um presente” - nos sites do Yahoo se pode encontrar sua publicidade – você pode encomendar um animal para servir de comida a pessoas com fome em regiões necessitadas... Entre os presentes é possível comprar também uma bicicleta, caixa d’água ou uma horta familiar, mas infelizmente você pode também enviar animais como cabras, galinhas, vacas ou mesmo um burro para servirem de carne e tração animal a essa gente.
Vou deixar bem claro: NÃO CONCORDO COM ISSO!
E me importo sim com essa gente, tanto que estaria agora a caminho da Palestina se não fosse as gravações do próximo filme. Irei logo que terminar este contrato.
Descordo com essa estratégia pois enviar um animal para ser morto é algo intolerável, ainda que salve outra vida. Também porque é muito mais caro enviar carne que alimentos vegetais, porém talvez não se tenha a mesma repercussão midiática não é verdade?
Pode parecer, em um primeiro momento, que este comentário é uma crítica a um ato nobre, no entanto não há ato nobre onde se utilize o especismo, o racismo ou a exploração sexual para promover qualquer tipo de ajuste social.
Se desejamos uma sociedade pacífica e justa não podemos seguir assinando cheques e contratos com sangue. Somos inteligentes ou estúpidos afinal?

domingo, 11 de janeiro de 2009

Frango Orgânico

Apenas dois ou três anos atrás a única fonte de imagens para se conhecer a realidade da exploração animal era, de alguma forma, adquirir uma cópia do documentário Earthlings, que, ainda que possua alguns equívocos de interpretação dos fatos segue sendo um filme de grande impacto e um bom instrumento para ativar a sensibilidade das pessoas. Hoje, com muita freqüência, eu me espanto com a quantidade de vídeos em youtube, postados pelos próprios exploradores que nos dão uma idéia de como as coisas funcionam na verdade.
Como essa gente não percebe o que está fazendo aos animais, criam vídeos que, ao olhar mais sensível, são evidencias da cegueira humana.

A partir de hoje, vou postar vídeos desse gênero, especialmente para aqueles que acreditam que os vídeos ativistas são irreais.

Este primeiro trata especialmente do argumento bem-estarista utilizado, equivocadamente, por muitos pseudo-defensores dos animais (ainda que muitas vezes bem intencionados).

Para os que acreditam que a produção de frangos fora da produção em baterias pode trazer, de alguma forma, uma existência “feliz” ao animal:

O final destes é o mesmo daqueles... morte.
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sábado, 10 de janeiro de 2009

Cavalos Tristes

The Dream


O humano é, em geral, fascinado pelos animais. Por sua beleza, afetuosidade e força. Não raramente, relacionamos a imagem de uma animal a idéia de liberdade, basta lembrar de uma águia voando ou de um cavalo selvagem correndo que logo temos a ilustração clara do sentimento de liberdade.
Porém esquecemos facilmente esses símbolos quando nos convém.
Em muitas cidades do mundo, por onde estive, encontrei pelas ruas cavalos escravisados de alguma forma peculiar em cada país mas sempre por humanos que dizem amar seus cavalos.

Porto Alegre é bem conhecida pelos carroceiros, catadores de papel que chupam a vida desses animais até o último fio de vida e ainda que todos concordem que se trata de uma exploração injusta e cruel a maioria ainda acredita no argumento de que os catadores de papel sofreriam muito mais sem os cavalos... Esse argumento não é relevante pois, ao concordarmos com essa justificativa também concordaríamos com a idéia de esclavitude humana, já que também favoreceria uns ainda que as custas do sofrimento de outros.

Londres e Sevilha são lembradas pelas carruagens que levam turistas a conhecer a cidade. Estes animais estão mais fortes, gordos e belos que os de Porto Alegre, mas não são menos tristes. Puxam carros de centenas de quilos por sobre ruas de pedra dia após dia, podendo enxergar apenas através de uma fresta a área justo a sua frente, sem ter a liberdade de dar um passo adiante ou em que direção for, a não ser que o seja obrigado pelo seu dono e pelos turistas que, risonhos, sustentam esse cárcere.

Pois você faz idéia do que é viver dessa forma, para um animal que, ao estar em liberdade, cruza montanhas e vales correndo com a crina ao vento?

A gama de formas de exploração animal que o ser humano exerce no presente não tem fim, mas a era de impunidade aos exploradores já está com data marcada para acabar.
Não permita que o seu dinheiro financie essa barbárie, pense antes de ir a cidades onde esse tipo de exploração exista. Não seja um turista cheio de dentes, sendo puxado por um cavalo triste.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Assim Caminhamos...

Da forma como o ser humano valoriza a vida de outros humanos iguais me pergunto se fazer com que compreendam que a vida dos outros animais possui o mesmo valor será uma vitória em algum sentido...

Hoje mais uma agência da ONU anunciou que interrompe seus trabalhos de ajuda humanitária aos palestinos e abandonaria a região pelo falta de segurança...
Cada vez mais me convenço de que a ONU é uma piada, não pelas pessoas que trabalham nesses lugares, arriscando suas vidas, mas pela forma como é comandada, direcionando suas ações apenas de forma a maquiar um estado geral de abuso de poder e falta de compaixão. Com toda a força que possui poderia acabar com essa guerra em poucos dias.

Mas temos que lembrar quem dita as regras dessa sociedade: o dinheiro - e nada é mais lucrativo, nenhum negócio enriquece ainda mais os que já são muito ricos que as guerras. E são exatamente esses os que estão no comando da ONU e de todas as outras organizações que poderiam interferir de forma efetiva nessa guerra.

Enquanto o ser humano não firmar o seu caráter, deixando de permitir que barbáries como essa ocorram a todo o momento, a ética não passará de uma anedota mal contada onde todos somos os palhaços.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

BSE – Doença da Vaca Louca em 2009

Foi detectado mais um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (em inglês bovine spongiform encephalopathy) Doença da Vaca Louca em Madrid, na Espanha.

Pausa

Se você pensava que não haviam mais casos pois aqui vai uma novidade: a indústria carnicínica manipula as informações que você recebe, fazendo pressão sobre os meios de comunicação embasada no poder garantido pelo grande fluxo de dinheiro em publicidade que emprega ano a ano.

Segue

Na Espanha desde 2000 foram identificados 738 casos sem contar os milhares de vacas mortas apenas pelo medo de que pudessem estar doentes... pois é aí que quero chegar.
As autoridades não irão separar e observas os animais que tiveram contato com essa vaca e iniciar algum tipo de tratamento, simplesmente serão executadas as 18 vacas da granja bem como “todos os animais que nasceram 12 meses antes até 12 meses depois dela”.

Os animais são propriedades portanto não espere qualquer tipo de compaixão para com eles. No momento em que se tornarem inoportunos serão descartados da forma mais econômica possível.
É cada vez mais triste perceber como estamos longe de compartilhar este mundo de forma justa com todos os que vivem nele.


Love Revisited

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

A Morte sem Sofrimento

Seríamos capazes de executar uma vida sem o dano do sofrimento?
Existe a possibilidade de um ser, que deseja seguir vivendo, não sofrer qualquer desconforto ao ser privado de sua vida?

Não vamos ouvir um peru discutir Peter Handke para convencer de suas idéias, mas de forma alguma devemos ignorar que todos os animais possuem o desejo a vida e por conseqüência o medo da morte. Buscar formas indolores para acabar com suas vidas é o mesmo que anestesiar a mulher que será lapidada e permitir que a condena islâmica prossiga.

Consideramos a vida como o bem mais valioso, essa premissa é na verdade o ponto de partida de toda a argumentação antropológica moderna, nossa sociedade não existiria se não fossemos concordantes e defensores dessa idéia. No entanto, quando nos referimos a vidas não humanas seu valor despenca cosmicamente, passando a ficar inferior a um momento de prazer numa boca calada.

Reclamar seu direito a vida mas arrancar as de outros animais por não identificar um valor semelhante denota um desvio de caráter fatalmente dominante entre os humanos mas que em algum momento, no futuro, há de cair por terra.

O sofrimento da dor e da tortura são inaceitáveis, porém uma morte desprovida desses elementos segue sendo uma morte trágica.

Pense nisso durante seu almoço hoje.

A Razão da Maioria

Espinhos de Vento


Você olha para o seu prato e vê um pedaço de costela, mas não se dá conta de que é o pedaço de um corpo o que está a sua frente e que alguém morreu para que você comesse sua carne. Você vai se ofender com o que vou dizer, mas você é um ignorante.
Claro que, sob algum aspecto todos somos ignorantes, mas o gênero onde reside sua ignorância é dos mais egocêntricos, insensíveis e assassinos.
Somente sob uma ótica perversa seríamos capazes de ignorar o sofrimento de um ser para saciarmo-nos com sua exploração, quando não com sua morte.

O humano difere dos outros animais justamente por sua inteligência, somos capazes, portanto, como nenhum outro ser, de identificar e ter consciência do sofrimento a que infligimos e quando infligimos, ainda que de forma indireta sem nossa intervenção pessoal mas sob nossa requisição, como acontece quando compramos produtos de origem animal.
Logo, ao invés de utilizar esta inteligência para buscar outras formas de saciar suas necessidades, você a usa para criar desculpas para seguir com esse ato sem sentido: Alega que os animais foram criados para isso, que são mortos de uma forma humana (existe isso?) que se não fossem explorados estariam extintos ou seriam comidos por leões... Vamos falar honestamente, se isso fosse realmente importante para você, estaria ainda assim comendo os animais?
Poucas pessoas exercem seu melhor atributo na hora de comer. Comem como se não tivessem a capacidade de pensar, o fazem por costume, tradição ou simplesmente porque lhe servem ao prato, sem perceber que não está comendo carne de gado ou carne de granja... é a carne de um indivíduo que, contra sua vontade, foi morto para servir de alimento. E você sabe que esse animal sente dor, medo e que sua vontade seria viver uma vida boa, longe dos matadouros e campos de exploração animal.
Mas ainda assim você tem vários outros argumentos para seguir comendo carne.

Parabéns! Você está com a maioria.